sábado, 8 de fevereiro de 2014

Profissão: estudante, e mãe!!!

Profissão: estudante. (E mãe).


Se você é mãe e estudante ao mesmo tempo, deve saber que a jornada dupla não é fácil. Ensinar em casa e aprender na escola são duas tarefas complicadíssimas. Juntar as duas, então, principalmente quando se tem pouca idade, pode ser um salto no escuro. Os mistérios são muitos. Os riscos, incalculáveis. E a vida de uma nova mamãe pode acabar se transformando de forma acelerada e precipitada...

Nem mais menina, nem tão mulher, a mãe adolescente queima etapas e perde uma grande oportunidade de amadurecer no tempo certo. Mas, apesar de tantas dificuldades, tem muita perita no assunto dando um show de maternidade e escolaridade. Quer saber mais sobre o assunto, compartilhar experiências e deixar o seu recado? Confira os tópicos abaixo e participe deste bate-papo sobre gravidez na adolescência. Aqui, você é a porta-voz da consciência.


Eu engravidei porque quis

Ao contrário do que muitos pensam, a gravidez precoce não decorre da falta de informação por parte dos adolescentes, mas da falta de diálogo em casa. A maioria das jovens que engravida age conscientemente, apenas sem avaliar, no longo prazo, as consequências de seus atos. Na adolescência, a gravidez aparece como saída imediata para carências afetivas ou mesmo como aposta redentora - seja financeira, social ou afetiva. Uma grande ilusão.

Status social

Também nas comunidades carentes, a falta de informação está fora de questão. Aqui, a maioria das adolescentes engravida mesmo propositalmente. A justificativa? Status social. Com menor poder aquisitivo, estas adolescentes acreditam não ter mais nada a ganhar. Algumas já largaram a escola, participam da boca de fumo e almejam uma posição social naquela comunidade. Então se tornam mães dos filhos de traficantes. Muitas dizem “eu engravidei porque quis”.

Bebê não é bomba relógio

Seja pelo risco que o organismo adolescente representa para o bebê, seja diante de um racha familiar: a criança é a grande prejudicada. Por isso, vamos mudar de atitude e pensar um pouquinho nesta vida que está chegando???

Cada um no seu quadrado

Em algumas famílias, o bebê acaba ocupando o lugar de “filho” para a avó materna, situação que só dificulta a qualidade da relação entre a mãe adolescente e o seu filho. Quando os avós “adotam” o neto, acabam trocando os papéis, favorecendo que um filho “se torne” um irmão, não sendo necessário assumir as responsabilidades.

A liberdade sem responsabilidade, além de favorecer novos riscos, afasta o jovem do convívio escolar, das brincadeiras que o preparam para um amadurecimento, formando, portanto, famílias potencialmente desestruturadas, sem vínculos afetivos e com papéis misturados. Ou seja, quando não se trata o assunto com consciência, planejamento e união, todas as partes saem perdendo.

Você é capaz

Pais adolescentes, vocês possuem plenas condições de cuidar e de educar o seu bebê, desde que recebam apoio de suas famílias. O papel dos avós é de grande importância, pois eles irão oferecer a seus filhos uma base de apoio segura, que ajudará os pais adolescentes a construírem a sua nova identidade de mãe e de pai.

Uma vida, mil diálogos

A gravidez implica no nascimento de uma nova vida e exige cuidados não só para a mãe como também para a futura criança. A amplitude e a abrangência dessas mudanças, as quais abarcam a adolescente, sua família e o bebê, indicam a importância da adolescente dialogar com seus pais e companheiro sobre o seu futuro e o do seu filho. Na verdade, este diálogo deveria se iniciar antes da gravidez, propiciando assim o seu planejamento, o que iria minimizar as possíveis situações de conflito daí decorrentes.

O lugar da mãe é na escola

Uma questão que merece atenção especial se refere ao futuro educacional desta jovem mãe. As mães adolescentes que recebem apoio dos seus pais conseguem concluir os estudos, o que irá lhes possibilitar a inserção no mercado de trabalho de forma mais qualificada.

Jovens mães

Todo mundo tem uma amiga, vizinha, ou prima que ficou grávida na adolescência. E aí? Você já parou para pensar como a vida dessa nova mamãe se transforma? Quantas dificuldades e riscos ela pode correr? Pois é. Não é coisa de papo careta, ou discurso ultrapassado. É uma questão de saúde e educação.

A gravidez na adolescência envolve muito mais do que riscos físicos, mas também emocionais. Como uma menina tão jovem, que vai perder uma fase importante da sua vida, irá reagir posteriormente com aquela criança? A gente não ouve por aí que é importante viver cada fase da vida, que não podemos pular etapas? Pois bem. Será que futuramente esta mãe poderá apoiar seu filho de forma adequada, já que não teve experiência suficiente? Será que rola?

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